O estado de Israel finalmente conseguiu eliminar o Xeque Ahmad Yassin. Depois de várias tentativas falhadas, a noite passada três helicópteros lançaram três mísseis que acabaram com a vida de um velho paralítico, quase cego e com graves problemas respiratórios, libertado há meia dúzia de anos para não causar o embaraço de morrer na prisão (parte dos problemas de saúde foram adquiridos durante o encarceramento).
As provas já são públicas, a fase de instrução e o contraditório foram efectuados e o direito de defesa foi escrupulosamente respeitado. O julgamento estava arrumado. O governo Israelita chefiado por esse campeão dos direitos humanos que é Ariel Sharon (estranho que já não se fale em Sabra e Shatila há algum tempo) tinha decidido que mais este tinha de morrer... e quaisquer outros que ali estivessem à sua volta, o que eventualmente aconteceu a outras sete pessoas que estavam na área.
Ninguém com um mínimo de bom senso pode apoiar o terrorismo, e por isso ninguém de bom senso pode apoiar o terrorismo de estado. É pelo facto de Israel ser um pretenso estado moderno, com um governo eleito democraticamente, que deve ser-lhe exigido um comportamento consentâneo com o direito internacional (e acrescento, com o bom senso). Todos condenamos a morte estúpida e sem sentido de civis por um fanático bombista, mas todos temos de condenar também o mesmo comportamento por parte de um conselho de ministros.
Aos estados não lhes assiste o direito de se comportarem como bandos de pistoleiros.
Monday, March 22, 2004
Ladies and gentlemen, we got him!
às 19:06
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