Tuesday, October 12, 2004

O ilustre desconhecido

O ilustre desconhecido

Não conseguem ler o texto? Eu traduzo: Descrição: Presidente George Bush, à esquerda, cumprimenta o presidente da Guatemala, Oscar Berger, ao centro, e um homem não identificado no banquete para líderes mundiais na abertura da 59 sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, Terça, 21 de Setembro de 2004, no edifício das Nações Unidas em Nova Iorque (AP Photo/Kathy Willens).

Reparem bem no olhar enviesado que o Bush lhe manda... who da fu** is this?!

Monday, October 11, 2004

A insustentável leveza dos preços

Hyperinflation is inflation that has burst the bounds of politeness. If not halted, hyperinflation will result in a total rejection of the offending currency as money. Under chronic but contained inflation, money depreciates at a slower and more stable rate, while under hyperinflation the decline is highly variable and unpredictable. Exact measurement of the rate of inflation rates is difficult because the computation of price indexes assumes that something fairly stable is being measured. But annual rates of thousands to millions of percent have been recorded in historic episodes.

Serbia's experience reached quantitative extremes unknown elsewhere. In Serbia 1992 the national bank issued single bank notes of 500 billion Serbian dinars. One economic journalist recalls:

the citizens of Yugoslavia were in a constant race against time -- buying whatever they could, wherever there was anything to be bought. Prices increased at a rate of 2 per cent per hour or 64 per cent per day. In 1993, hyperinflation reached a record 400,000 billion per cent. In October of that year, 600 grams of pork cost 26 dinars, with the same amount costing 21 billion dinars three months later.

Em Weimar and Wall Street

Isto não é um regresso...

... é apenas uma dor de alma.

Dor de alma

Oficial israelita acusado de esvaziar carregador no corpo de uma criança palestiniana
Em Público


Um oficial do Exército israelita foi processado pelas instâncias militares depois de ter sido acusado pelos seus subordinados de ter esvaziado o carregador de uma arma automática no corpo de uma criança palestiniana que já estava morta.
A vítima, Imane Al-Hams, de 13 anos de idade, foi morta quando se dirigia para a sua escola, em Rafah, no sul da Faixa de Gaza. Segundo o director do hospital de Rafah para onde Al-Hams foi transportada, Ali Moussa, a criança foi baleada por 20 vezes em diferentes partes do corpo, nomeadamente na cabeça e no peito".

Um soldado israelita que pediu anonimato contou à rádio militar que a jovem se aproximou de um posto israelita com um saco na mão e que os soldados abriram fogo contra ela pensando que trazia uma bomba.

"Ainda conseguiu escapar, mas depois caiu por terra. O nosso oficial aproximou-se do corpo e disparou duas balas na cabeça. Depois, mudou a arma para a posição automática e esvaziou o carregador no corpo dela", contou o soldado. "Gritámos-lhe para parar, mas ele continuou. Esta cena gelou-nos o coração (...)", acrescentou.

Uma testemunha palestiniana, Omar Khalifa, de 29 anos de idade, que tem uma garagem perto do local onde tudo se terá passado, contou na semana passada que a rapariga caminhava em direcção à escola com dois colegas quando os soldados abriram fogo.

Na altura, um responsável militar afirmou que os soldados dispararam contra uma rapariga depois de esta ter passado para uma zona proibida onde terá pousado "o que parecia ser um engenho explosivo", não muito longe do posto militar, para em seguida se ter posto em fuga.

Sunday, June 13, 2004

Serão pagos à hora?

Esta dos jornalistas em todas as eleições conseguirem imagens dos cabeças de lista (e outras altas figuras da nação) a votarem sempre me intrigou. São avisados pelos próprios ou as televisões têm equipas de plantão nas mesas de voto?

Monday, May 31, 2004

Rock in Rio

Depois de algumas semanas passadas sem o conforto da televisão portuguesa, graças às obras no telhado, finalmente reorientámos a antena, não sem dificuldade, que isto de apontar um prato a um objecto a orbitar a 35.000 km tem que se lhe diga.

Demos logo de trombas com o Rock in Rio. Dois reparos: primeiro, acho que devia haver um máximo legal de vezes que o apresentador da Sic Radical podia dizer por dia "fabuloso, sem dúvida a melhor prestação da noite". E segundo, este agora mais pessoal, acho que já não gosto de Rock. Não sei, chateia-me, aborrece-me.

Agora, o que realmente me surpreendeu foi a substituição do Theias pelo Arlindo Cunha, o antigo organizador das jantaradas de mioleira no ínicio da crise da BSE. Não haverá entre vocês, queridos leitores, um jornalista que lhe possa levar um pouquinho de mioleira a provar? Era para ver se ele a come com o mesmo sorriso alarve da outra vez, enquanto diz que é perfeitamente seguro...

Sunday, March 28, 2004

Oh Guterres, vá lá fora a ver se chove (ou se ainda arde)

António Guterres, excelso ex-primeiro de Portugal veio a público explicar (pela primeira vez em dois anos e meio!) as razões para a demissão do governo.

Ansiosos que estávamos por esta revelação, quase nos mijámos todos (de nervosismo) ao ver tal personalidade falar em português e para os portugueses, depois de um prolongado voto de silêncio. Com tanto silêncio, tanto secretismo, tinhamos para nós que o gajo se tinha demitido vítima de uma conspiração, ou até mesmo de chantagem, quem sabe. Seria agora a hora da revelação? Mas não. Mijámo-nos todos em vão. Dois anos e meio de espera para isto?! Tarde piaste - e mal, e em contraste absoluto com as acções desenvolvidas pelos pirómanos este ano. Como sempre, os piores exemplos vêm de cima.

Relembro aqui as palavras de, esse sim, um colosso do PS, para um agente da Brigada de Trânsito (já na altura, concerteza, à procura de "luvas"!): "Oh homem, desapareça!".

Avante Portugal

Parece que há afinal em Portugal quem, contra hábitos e culturas instalados, não sofra de "atrasite" crónica. Os pirómanos aí estão, com uns valentes dois meses de avanço, a lançar já a nova campanha Incêndios 2004.

É caso para se dizer que já se sente o fogo da mudança.

Monday, March 22, 2004

Ladies and gentlemen, we got him!

O estado de Israel finalmente conseguiu eliminar o Xeque Ahmad Yassin. Depois de várias tentativas falhadas, a noite passada três helicópteros lançaram três mísseis que acabaram com a vida de um velho paralítico, quase cego e com graves problemas respiratórios, libertado há meia dúzia de anos para não causar o embaraço de morrer na prisão (parte dos problemas de saúde foram adquiridos durante o encarceramento).

As provas já são públicas, a fase de instrução e o contraditório foram efectuados e o direito de defesa foi escrupulosamente respeitado. O julgamento estava arrumado. O governo Israelita chefiado por esse campeão dos direitos humanos que é Ariel Sharon (estranho que já não se fale em Sabra e Shatila há algum tempo) tinha decidido que mais este tinha de morrer... e quaisquer outros que ali estivessem à sua volta, o que eventualmente aconteceu a outras sete pessoas que estavam na área.

Ninguém com um mínimo de bom senso pode apoiar o terrorismo, e por isso ninguém de bom senso pode apoiar o terrorismo de estado. É pelo facto de Israel ser um pretenso estado moderno, com um governo eleito democraticamente, que deve ser-lhe exigido um comportamento consentâneo com o direito internacional (e acrescento, com o bom senso). Todos condenamos a morte estúpida e sem sentido de civis por um fanático bombista, mas todos temos de condenar também o mesmo comportamento por parte de um conselho de ministros.

Aos estados não lhes assiste o direito de se comportarem como bandos de pistoleiros.

Sunday, March 21, 2004

A eficácia do controlo de fronteiras

O governo vai mesmo repor o controlo nas fronteiras, segundo noticia hoje o Público, durante o Rock in Rio em Lisboa e o Euro 2004. Depois de anos de abandono, o SEF está-se já a preparar para passar estes dois meses que faltam a limpar teias de aranha e a rebocar paredes.

O controlo será efectuado nas fronteiras de Tui, Vilar Formoso e Caia (usando os postos mistos com a Guardia Civil) e vão construir um outro em Vila Real de Santo António (oxalá usem empreiteiros espanhóis, à cautela, para que ninguém tenha de passar uns tempos em tendas de campanha).

Entretanto, O Merdas sabe que os mentores desta acção obtiveram de fonte segura a informação que os terroristas desconhecem por completo a estrada de Ficalho, a de Quintanilha, bem como todos os outros acessos entre Portugal e Espanha.

Tuesday, March 16, 2004

Viva España

Durante uns dias não me apeteceu escrever. Aos meus fiéis leitores, as minhas desculpas.

Hoje apetece-me dedicar duas linhas a José Luis Rodríguez Zapatero. Porquê? Porque está de parabéns.

Está de parabéns porque ganhou as eleições. Está de parabéns porque privilegia uma construção europeia com diálogo e não com arrogância. Está de parabéns porque vai cumprir o seu programa de governo e retirar as tropas espanholas do Iraque, caso a ONU não tome as rédeas da ocupação.

Nos jornais abundam hoje os artigos de opinião, criticando o anúncio que muitos espanhóis votaram para ouvir. Ao retirar do Iraque, Zapatero cumpre o que promete e o que a sua moral lhe dita. Muito teria o nosso governo a aprender com o exemplo que nos chega além fronteiras. É precisamente porque não se pode vergar às exigências de terroristas que Zapatero faz o que já tinha dito que faria.

Eu ainda alimento uma esperança. Talvez isto tudo seja afinal, também, o canto do cisne da viragem à direita dos últimos anos na Europa. Pode ser que a Espanha, tal como foi a primeira a guinar à dexta, seja a primeira a safar-se à canhota. Pode até ser que o nosso Vitorino sempre venha a ser Presidente da Comissão Europeia. Pior que Prodi não seria concerteza.

Thursday, March 04, 2004

Deêm-lhe um bofetão

Alguém encontrou este blog, fazendo a seguinte procura no Google:

explique a afirmacao para uma mesma fonte de calor o tempo gasto para cozinhar 2 kg de arroz e o dobro do tempo gasto para cozinhar 1 kg de arroz

Se você for o Encarregado de Educação do(a) aluno(a) que tentou fazer os trabalhos de casa copiando a pergunta do TPC directamente no Google, por favor mande-lhe um tabefe; por mim. Por dois motivos, primeiro os trabalhos para casa são para se 'fazerem', não para se copiarem, e segundo por que não tem nada de andar a navegar na net sobre páginas como esta, de conteúdo, notoriamente, pornográfico.

Wednesday, March 03, 2004

John Kerry

Parece certo que John Kerry vai ser o candidato presidencial do partido Democrata. As sondagens dão-no à frente do outro cretino que ocupa a Casa Branca (escuso-me a explicar quem é, e porque é, o cretino).

Existem então ainda algumas esperanças que os nossos filhos não venham a viver uma época... assim algo parecida com a Idade do Bronze.

Saturday, February 28, 2004

Transgénicos

Cientistas desconfiam que um campo de milho transgénico está na origem de febres, doenças respiratórias e alergias detectadas numa povoação das Filipinas, noticia o Guardian. Testes preliminares mostram que 39 aldeões desenvolveram anticorpos contra o pesticida introduzido na sequência genética destas plantas.

A Monsanto desmente, claro. Impossível, dizem. Essa do impossível já não me convence, nem devia convencer ninguém, depois de terem dito que era impossível a BSE passar para humanos.

Anos depois de terem tornado as vacas em canibais, a indústria alimentar continua a pressionar a UE para que acabe com a moratória imposta à introdução de organismos geneticamente modificados (OGM). Continuam a não haver testes que assegurem a total segurança destas variedades de plantas, e o facto de terem sido legalizadas nos EUA e estarem a ser testadas na Grã-Bretanha e Espanha não me reconforta. Pelo contrário, assusta-me. Assusta-me pelo métodos empregues.

Quais métodos, perguntam vocês? O da pressão política e suborno, respondo eu. As empresas de biotecnologia aliás não perderam tempo a colocar os seus peões no tabuleiro de xadrez da política europeia. Só alguns exemplos, da nossa mais antiga aliada:

Lord De Ramsey, plantou beterraba açúcareira para a Monsanto nas suas propriedades. Foi recompensado com a presidência da Environmental Agency, a agência governamental para a protecção do ambiente.

Paul Leinster, empregado em 1998 da Schering Agrochemicals Ltd, co-proprietário da companhia de biotecnologia AgrEvo. Mais tarde foi convidado pelo governo para presidente do directório de protecção ambiental do Environmental Agency. Ficou conhecido por em Outubro de 1999 ter proposto que as companhias agro-alimentares auto-controlassem a sua própria poluição (ora aqui está um óptimo exemplo de como destruir o organismo estatal de que se é presidente).

Prof. John Hillman, antigo membro da direcção da BioIndustry Association. Depois, foi eleito director do Scottish Crop Research Institute, governamental, que é suposto oferecer pareceres imparciais ao governo sobre biotecnologia.

Prof. Peter Schroeder, director da unidade de investigação da Nestlé, que abandonou para ser o director do instituto governamental, Institute of Food Research.


Independentemente da cor dos governos todos vão caíndo nas teias formadas por complexos apátridas, com um poder económico que faria corar de vergonha um Rockefeller ou um Morgan.

Espero que reste um pouco de bom senso à Comissão Europeia e que não levante esta moratória (prepara-se para o fazer em Abril). Espero também que a notícia avançada nas Filipinas não seja verdade, pois caso o seja, existem milhares de pessoas em risco de adoecerem, vitimas da avidez de meia dúzia de multinacionais, que vendem um logro: sementes a preço de ouro, acompanhadas de promessas de colheitas milionárias e de um contrato em que o agricultor é obrigado todos os anos a pagar royalties sobre as sementes usadas, bem como é "aconselhado" a pulverizar os seus campos com os herbicidas, pesticidas e fertilizantes sintéticos, comercializados pelas mesmas empresas, e adaptados a cada uma das suas espécies.

Há que parar com esta merda. É o meu direito. Exijo peixe espada sem mercúrio, carne de vaca sem BSE, galinha sem dioxinas nem gripe, borrego sem scrappie, vegetais sem pesticidas e, acrescento agora, milho sem antibióticos!

Friday, February 27, 2004

Correio do Leitor

A autora do blog imanencia apelidou um dos meus posts de "post de merda". Ainda por cima chamou-me de ignorante, e ainda acusou os médicos de serem corruptos. Isto tudo em dose dupla, pois deixou aqui um comentário e honrou-me com um post inteirinho.

Por questões de reciprocidade, partilho aqui convosco o comentário que deixei no post da referida senhora:


Como autor do tal "post de merda" reinvidico aqui o meu direito de resposta. Não é meu objectivo iniciar uma polémica, mas esclarecer alguns pontos.

Primeiro, em relação ao que relatório da dita subcomissão, a sua interpretação é bastante sui generis. Em nenhum ponto das partes do relatório que foram veículadas na imprensa (infelizmente não me é possível encontrá-lo na íntegra, se você o têm, por favor mande-mo), fala em dificuldades de controlo das receitas. Aliás, há anos que se fornece metadona aos heroinómanos sem qualquer problema de um mercado negro, que os arautos da desgraça sempre disseram que tal distribuição iria trazer. Também se receita morfina para atenuar a dor, sem que haja um mercado paralelo desta substância. Se fizesse também o favor de me enviar os tais "estudos que confirmam que em Portugal bastava uma legalização desse tipo para que imensos 'profissionais' desatassem a passar receitas deixando que lhes untassem as mãos em troca", agradecia.

Segundo, quando me aconselha tomar mais conhecimento com a realidade e a travar conhecimento com pessoas "cuja vida foi arruinada devido ao uso de cannabis ou porque alguém da sua família consumia", estava mais uma vez a ler enviesado. Se reler o "post de merda" não encontrará qualquer incentivo ao consumo de cannabis. Aliás, quando você diz que se houvesse uma manifestação a favor desta legalização, quem iria lá encontrar não seriam certamente os familiares de doentes crónicos, aí estamos de acordo. Parte do "post de merda" refere-se precisamente ao facto destes não terem expressado qualquer opinião sobre este assunto, e ter sido o Bloco de Esquerda a carregar esta "bandeira".

Terceiro, como parece que não fui bem entendido, o "post de merda" tinha três objectivos: (1) criticar o facto de a tal subcomissão ser contituída por pessoas com interesses na manutenção do status quo e na comercialização do Marinol; (2) o já referido alerta de que o Bloco de Esquerda não é o porta voz dos doentes terminais; e (3) acusar a maioria de falta de compaixão para com estes doentes. Se a "maldita" substância lhes melhora a qualidade de vida, não me resta qualquer dúvida. Permitam o seu acesso.

Por último, um pouco de boa educação não lhe ficava mal.

O Merdas

Saturday, February 14, 2004

Acabemos com os Cacéns

O nosso amigo d'O Bisturi chamou-me a atenção de um artigo no Blog-Notas sobre o Cacém. Leiam que vale a pena.

Se me permitem, gostava também de deixar aqui a minha opinão (e eu sei que me permitem porque o blog é meu). A opinião era para a deixar lá, nos comentários do post, mas como me estiquei, este migrou para aqui.


Nado e criado em Queluz percebo e partilho completamente da opinião do autor.

O Cacém (tal como a quase totalidade da "linha de Sintra") já me dava vómitos quando, estudante em Lisboa, era mais saudável apanhar o combóio "para trás", para apanhar os "curtos" do Cacém, e então regalar a peida em assento de cabedal (esquartejado a golpes de X-acto, claro). Faziamos depois a jornada de volta, rumo a Lisboa, sempre a olhar para a janela, abstraindo-mo-nos dos infortunados que iam de pé e ignorando os olhares maldosos de qualquer deficiente, grávida ou idoso que pudesse esgueirar-se através daquela mole de gente, que ocupava todo o espaço livre até à porta.

O planeamento urbano em Portugal, numa só palavra, é criminoso. E para mim, isto já só tem uma solução. Temos de juntar uma rapaziada do MDLP e das FP-25 de Abril e convertê-los às causas ambientais. Qualquer obra não prevista no PDM do município (ou no senso comum de alguém com um QI superior a 25) seria irremediavelmente destruída. À bomba. Os atentados ocorreriam entre as 2h e as 5h da manhã para não ferir ou matar alguém. Digam lá se este não seria um grupo terrorista que teriamos todo o gosto em apoiar. Para variar.

Cannabis


Photo by MG Imaging,
in HIGH TIMES, Fevereiro 2004


O parlamento vai muito provavelmente chumbar a proposta de lei do Bloco de Esquerda sobre o uso terapêutico da Cannabis.

A maioria vai assim impedir o acesso de milhares de pessoas com doenças terminais, ou crónicas, a uma substância que poderá diminuir o seu sofrimento. São muitos os estudos que referem as virtudes desta droga na diminuição dos enjoos e aumento de apetite para pessoas a fazerem quimioterapia, ou na melhoria de qualidade de vida das pessoas com glaucoma, entre outras. Mais uma vez os altivos deputados decidem sobre aquilo que não compreendem, ou não querem compreender.

Primeiro, pensava que em Portugal existia uma instituição que decidia sobre as qualidades e perigosidade de substâncias para uso medicinal, o Infarmed. Segundo, como se pode negar o acesso do quer que seja a um doente terminal? É como negar batatas fritas a um condenado à morte, com o argumento que as gorduras saturadas fazem mal à saúde!

Na audição parlamentar foram apresentadas as conclusões do relatório da subcomissão de saúde e toxicodependência, orgão constituído apenas por deputados. Nesse relatório diz-se:

"afigura pouco cautelosa a introdução desta prescrição médica de "cannabis" para cuidados paliativos nos casos de doença crónica e doença terminal"

Pouco cautelosa?! Porquê? Podem morrer?

Entre os defensores deste relatório estavam o deputado Miguel Coleta, do CDS-PP, membro da dita subcomissão e farmacêutico; Fernando Negrão, presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência e ex-director da Polícia Judiciária; o médico Manuel Pinto Coelho, que chula as familias dos toxicodependentes nas suas clínicas há 20 anos e João Oliveira, director clínico do Instituto Português de Oncologia de Lisboa e que diz que é dispensável, pois temos Marinol marado (um composto quimico semelhante ao THC, princípio activo da cannabis), mas que não surgiu ainda a necessidade de o comercializar em Portugal.

Claro que eles acham que o Marinol é a solução. Enquanto ouver pacientes (e estado para comparticipar) dispostos a comprar frascos com 60 comprimidos de 10 miligramas a 700€ (sim, 140 contos!), para quê legalizar o acesso a algo que se pode plantar gratuitamente em casa?

Mas o que mais me intriga é o seguinte: onde estão os doentes terminais e crónicos? Não têm opinião?! Ou são todos membros do Bloco de Esquerda? Será afinal o BE o porta-voz oficial dos enfermos?

Há coisas que nuncam mudam. O Merdas, no entanto, vai tentar hoje deixar um legado aos pertinazes deputados. Vai-lhes explicar o que significa paliativo. Outro dia lhes irá tentar ensinar o que significa caridade.

paliativo, do Lat. palliatu:

adj., que só tem eficácia momentânea ou incompleta; que apenas serve para paliar;
s. m., medicamento que não cura mas mitiga o sofrimento do doente;
fig., delonga que mantém uma expectativa; dissimulação; paliação.

Saturday, February 07, 2004

Jackson e Timberlake processados



Uma bancária do estado norte-americano de Tennessee, com 47 anos, de nome Terri Carlin, apresentou um processo contra o espectáculo «escandaloso» ocorrido no intervalo do Super Bowl, no passado dia 1 de Fevereiro, quando Justin Timberlake deixou a descoberto uma teta da cantora Janet Jackson.

O processo não especifica valores concretos, mas pretende a indeminização dos cerca de 80 milhões de norte-americanos que assistiram ao espectáculo. Num gesto magnânimo afirma também que caso o juri decida por medidas punitivas adicionais (isto é além da indemnização devida às "vítimas"), que estas não devem ultrapassar o rendimento brutos dos réus nos últimos 3 anos. Uma soma que portanto pode ir apenas aos milhares de milhões...

Jackson, que assumiu a sua culpa no sucedido disse: it was not my intention that it go as far as it did. Não se percebe da sua afirmação se no seu dia a dia anda com estrelinhas de metal nos mamilos, ou se simplesmente não esperava que a mama fosse tão grande que causasse tanto impacto.

Deixo apenas um excerto do pedido apresentado ao tribunal: included in the halftime show sexually explicit acts solely designed to garner publicity and ultimately to increase profits for themselves

Não deixa de ter a sua piada que uma funcionária de um banco, que como toda a gente sabe é um tipo de instituição de caridade, venha criticar a forma como os outros ganham dinheiro.

A cantora receia agora que a polémica despertada pela sua actuação no Super Bowl prejudique as vendas do seu novo álbum, "Damita Jo".


Como disse o comediante Lewis Black sobre um halftime de um Super Bowl anterior:
This has to be over soon, I've been watching these halftime shows since I'm eleven years old. But no, the boys are joined by Britney Spears. I got 'N Sync and Aerosmith with Britney Spears. I got a tri-factor from hell!
But I was lucky, 'cause I had a spoon in my hand... and I shoved it up my ass...
You may be wondering why... To distract myself from the pain. Because if I'm gonna hurt that much, I'm gonna do it to myself!
Oprah calls that empowerment.

Adam Curry



Quem tem entre 30 a 40 anos lembra-se com certeza de Adam Curry. O VJ (video-jockey) do CountDown, o primeiro programa de música a ser transmitido regularmente na televisão portuguesa.

Pois é, é ainda vivo, é DJ numa rádio holandesa, Veronica, e tem também um blog.

Mais um post cultural, para aqueles que querem repescar coisas insignificantes do seu passado. Também para que não digam que este blog só trata de política e outras chatices.

Florus Wijsenbeek



O meu post anterior parece ter gerado alguma perplexidade (inclusive aqui em casa). Gostava então de vos dar a conhecer melhor Florus. Antigo deputado europeu no grupo dos Liberais Democratas (ELDR), eleito pelas listas do holandês VVD.

O seu momento mais marcante na vida política europeia será certamente o ter andado de bicicleta, dentro do próprio edifício do Parlamento Europeu.

O porquê da pergunta escrita à Comissão Europeia, se por gozo, se como crítica mordaz ao sistema de subsídios e intromissão da Comissão Europeia nos assuntos internos dos países membros, só ele saberá responder. Quem quiser saber mais poderá mandar-lhe um mail para wijsenbeek@hetnet.nl. Depois façam-me forward da resposta dele por favor, também gostaria de saber porquê.

Maravilhosa Europa

PERGUNTA ESCRITA E-1792/97 apresentada por Florus Wijsenbeek (ELDR) à Comissão (27 de Maio de 1997)

Objecto: Investigação marítima e repartição de sapatos

1. Terá a Comissão conhecimento de que o biólogo Leopold, do Nederlandse Instituut voor Bos-en Natuuronderzoek, investigou recentemente o número de sapatos rejeitados pelo mar?
2. Será igualmente do conhecimento da Comissão que a referida investigação apurou que, num Inverno, foram rejeitados na Ilha Texel, nos Países Baixos, 68 sapatos do pé esquerdo e 39 do pé direito e que nas Ilhas Shetland, na Escócia, foram rejeitados 63 sapatos do pé esquerdo e 93 do pé direito?
3. Considera a Comissão esta repartição equitativa?
4. Estará a Comissão disposta, no âmbito da atribuição anual de quotas de pesca, a proceder também à distribuição proporcional de sapatos por pares e por Estado-membro?
5. Estará a Comissão igualmente disposta a organizar uma troca de pontos de vista destinada a completar os pares de sapatos, eventualmente no âmbito do Programa Interreg?
Em caso afirmativo, de que modo, e em caso negativo, por que razão?

Resposta dada por J. Santer em nome da Comissão (19 de Junho de 1997)

1. Não
2. Não
3. Não
4. Não
5. Não, a pergunta colocada pelo Senhor Deputado não é abrangida pelo domínio de actividade da Comissão.


Extraído do blog O Jumento, mas foi confirmado como verídico em sites oficiais europeus, como por exemplo este.

O preto

Apanhámos o preto perto de uma palhota onde havia umas armas, eram dois, um escapou, mas este apanhámo-lo. Não foi bem tratado, claro. Levou porrada de toda gente, queriamos que falasse, mas ele não queria falar. Eram coisas mal feitas, claro, mas era a guerra. Levámos o preto connosco.
(...)
Lembro-me de atravessar-mos um rio e passarmos todos por cima da cabeça do preto, para não nos molharmos. Eram coisas mal feitas, está visto. Mas era assim.
(...)
Apagámos cigarros na lingua do preto, torturámos o gajo, arrancámos-lhe as unhas. Foram coisas mal feitas. Era a guerra. Um dia o preto afastou-se de nós e pensámos que queria fugir, apanhámo-lo e matámo-lo.
(...)
Quando penso nisso hoje arrependo-me muito. Não merecia. Continuo convencido que ele sabia coisas, não percebo porque não falou. Também ainda não compreendo o que é que fomos para lá a fazer.


Ex-combatente na guerra colonial.
Alcobaça, 1998


Porque é que eu, que tenho orgulho na história de Portugal, por que me hão-de impor (na Constituição) que o Estado deve ser anti-colonialista?

Paulo Portas
Congresso da Juventude Popular, Estoril
30 Novembro 2003

(Quase) A Dois (por cento)

O programa cultural Magazine, no novo canal a dois, obteve em Janeiro um share de 1,7 por cento - a que corresponde um número médio de telespectadores na ordem das 69 mil pessoas -, enquanto o seu antecessor Acontece registou, em Janeiro de 2003, 2,5 por cento equivalentes a 88 mil telespectadores.

Para poupar Morais Sarmento às contas óbvias, adianto desde já que o melhor é cancelar o programa. É certamente mais barato mandar estes 69,000 telespectadores dar uma volta ao bilhar grande, sendo neste caso o bilhar o próprio mundo.

Aconselho a agência de viagens online Airtreks. O pacote mais barato é de $1200, ou cerca de 1000€, e inclui paragens em Seattle, Honolulu, Hong Kong, Hanoi, Saigão, Siem Reap (Angkor Wat), Banguecoque, Singapura e Toquio. A brincadeira custava apenas 69 milhões de euros, significantemente menos que a quantia necessária para mandar os espectadores do Acontece na mesmíssima viagem. Não apenas devido à baixa do dólar entretanto, mas porque, pasmem-se, havia mais pessoas a ver o Acontece que o Magazine.

Tuesday, January 20, 2004

Claro, claro...

"A ideia de que os alimentos com alto teor energético ou o 'fast-food' aumentam os riscos de obesidade não têm grande fundamento. Assim como também não há dados que demonstrem claramente que a publicidade, junto das crianças, aumenta a obesidade"

William Steiger, alto responsável do Departamento de Saúde norte-americano
in Público


Concordo! Pelo contrário, o fast-food (e o dinheiro para lobbying dado pelas grandes empresas do sector) provoca até o emagrecimento. O emagrecimento das ideias.

Sunday, January 18, 2004

Scrapie israelita

O embaixador israelita na Suécia, numa recepção na abertura de uma exposição, depois de tomar uns canapés, como refere o Guardian, foi acometido de loucura súbita. Ao ser estimulado por uma peça de "arte", arrancou uns fios eléctricos e mandou um holofote para dentro de uma fonte, provocando um curto circuito no museu. A dita peça é constituída por um alguidar com um líquido vermelho e um barco à vela, em que a vela em si é uma fotografia de Hanadi Jaradat, suicida palestiniana que matou 21 israelitas em Haifa.

Agora, o que o Guardian não refere, e nós que recebemos informações de fonte fidedigna (a mesma que manda cartas anónimas para a Procuradoria Geral da República) sabemos, é que os canapés continham borrego lusitano, kosher, claro.

O embaixador, que se recusa a pedir desculpas pelo acto censório, se assim lhe podemos chamar, foi então, claramente, contaminado com scrapie (que, dizem os cientistas, só afecta ovinos e caprinos). Só não se sabe ainda é de que doença padecem os restantes membros do Likud, claramente bovídeos...

Friday, January 09, 2004

Vê-se com cada merda(s) na televisão

Há momentos em que me custa ver televisão.
Anteontem ocorreu mais um desses momentos: na SIC Notícias, Leonor Beleza e Maria de Belém Roseira, ambas ex-ministras de saúde, discutiam a retoma económica e o orçamento de estado.

Duas coisas apenas. A primeira, e mais óbvia, tem a ver com o facto de se pôr duas não-economistas (como ambas pretextaram diversas vezes) a discutir economia. Para quê?

A outra questão é, no meu entender, bem pior. Já sabemos que ninguém é culpado de coisa alguma perante a lei, até ser julgado e condenado. No entanto, há a responsabilidade cível e/ou criminal, e há responsabilidades políticas. São duas coisas distintas. Ora, uma mulher, que, condenada ou não (e quanto a isto já lá vamos) condenou à morte 35 hemofílicos, não pode voltar ao parlamento como se nada fosse. Sem sequer um pedido de desculpas! Muito menos me pode entrar em casa, via televisão, às dez da noite, para vir falar - e ainda por cima - de coisas que não percebe! Haja pudor!

Eu sei que para o Pinto Balsemão custava-lhe negar o acesso à digníssima deputada; é amigo, é fundador do partido, precisa de apoios para rebentar com a concorrência televisiva, etc. Mas são estas as questões que separam os Berlusconis dos outros, as pessoas de bem.

Quanto ao processo que corria nos tribunais transcrevo a seguinte explicação, dada pela vice-presidente da Associação Portuguesa de Hemofílicos:

“Nós entendemos que o processo dos hemofílicos só prescreve em 2007, tal como sustentou a dra. Maria José Morgado no recurso para o Supremo, dado que houveram interrupções que não foram contadas. Refiro-me ao tempo – quase dois anos - em que o processo esteve parado no Tribunal Constitucional. Tal como a dra. Maria José Morgado, nós também entendemos que esse tempo não devia contar. E se somarmos todas as suspensões, chegamos a 2007. (...)

Soubemos que os produtos não estavam em condições em 1986, através de uma publicação da Associação Austríaca de Farmácias. Nessa publicação, o Ministério da Saúde austríaco fez uma vistoria a esse laboratório e encontrou derivados do plasma infectados com o vírus da hepatite B e outros lotes com excesso de pirogénios. Alertámos imediatamente a, na altura, ministra da Saúde, Leonor Beleza.

Disseram-nos para conseguirmos o despacho autenticado do Ministério da Saúde austríaco. E que se o conseguíssemos não voltariam a adquirir produtos derivados do plasma desse laboratório. Conseguimos esse despacho, devidamente autenticado, antes da segunda adjudicação, em 1987. Mesmo assim, a dra. Leonor Beleza não nos deu qualquer importância e o Ministério da Saúde continuou a comprar produtos à Plasmapharm Sera. E um desses produtos era o Factor VIII, imprescindível para os hemofílicos. (...)

O passo seguinte foi fazermos análises na Áustria a um dos lotes do Factor VIII, concretamente o nº 810536. E em Novembro de 1986, um instituto estatal da Áustria responde-nos que o Factor VIII, que estava a ser utilizado em Portugal, tinha anticorpos do vírus da SIDA. Informámos logo a dra. Leonor Beleza. Mesmo assim, o Factor VIII desse lote continuou a ser utilizado até se esgotar – eram para vir 1500 frascos, mas só chegaram 500 a Portugal – em 1987. Não foi retirado dos hospitais.

A dra. Leonor Beleza soube dos resultados das análises. Prova disso é que, no dia 12 de Novembro enviámos-lhe um telefax. E, nos autos, esse telefax aparece com uma anotação da dra. Leonor Beleza, na qual diz: “Pedir à minha mãe que me informe sobre o que se passa”. Esta nota tem a data de 19 de Dezembro. Na altura a mãe da ministra da Saúde, dra. Maria dos Prazeres Beleza, exercia o cargo de Secretária-Geral do Ministério da Saúde. Curiosamente, a dra. Leonor Beleza, em Tribunal, afirmou que não se lembrava de nada do que se passou. Já a mãe, que à data estava a acompanhar o assunto, veio dizer, também no tribunal o seguinte: “Esses produtos sucederam-se no tempo com grande frequência, sempre juntando a APH novos elementos (...) por outro lado, nunca houve insistências telefónicas que acompanhassem os pedidos escritos de modo a que a respondente fosse forçada a marcar a dita reunião”. (...)

Foram tratados com esse lote contaminado 35 pessoas, identificadas no despacho de acusação.

Sei que 23 já faleceram, por causa do vírus da SIDA. A maioria com idades compreendidas entre os 18 e os 30/35 anos. Temos os certificados de óbito dessas mortes, onde está escrito que morreram por causa do vírus da SIDA. A dra. Leonor Beleza é responsável pela morte de 23 pessoas e não lhe aconteceu nada. Ela não deu ouvidos aos nossos avisos. Ela tem mesmo de ser responsabilizada por essas mortes. E os outros 12 têm morte anunciada. (...)

A Associação Portuguesa de Hemofílicos pretende apenas justiça. Não queremos dinheiro. Os 35 hemofílicos contaminados com o vírus da SIDA já foram indemnizados pelo Estado, com 12 mil contos cada um, através de um Tribunal Arbitral que nos custou muito a conseguir. Infelizmente, a dra. Leonor Beleza tem contado com a influência dos políticos. Até de Mários Soares. Mas ela há-de ir a julgamento. Nem que seja no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.”


Entrevista com Maria de Lurdes Fonseca
Correio da Manhã, 23/07/2003

Quercus lança EcoCasa

A Quercus, associação de conservação da natureza sobejamente conhecida, lançou hoje um novo site denominado EcoCasa. Lá se poderá encontrar informação sobre como tornar uma casa eficiente ao nível do consumo de energia.

Como sempre, o governo deixa para os outros aquilo que devia ser a sua função, para que se consiga cumprir o acordo ambiental assumido pelo estado português em Quioto. Relembro aqui o governo (nomeadamente o obscuro ministro do ambiente) que o dito acordo se refere às emissões de CO2 para a atmosfera, e não à cotação da EDP na bolsa.

Tenho pena é que no dia do lançamento o site ainda não esteja a funcionar em pleno; Portuguesices.

Thursday, January 08, 2004

Onde gastas o teu dinheiro?

Por ano gastam-se em Portugal mais de mil milhões de euros em casamentos. Sim, 1.000.000.000 euros, ou se preferirem, na moeda antiga, 200.000.000.000 escudos. Isto é o equivalente a cerca de 1% do PIB nacional. Em média, cada casal gasta cerca de 20.000 euros no seu casamento.

Tinha pensado inicialmente em comparar esta percentagem ridícula com as percentagens gastas em saúde e educação. E contrapor o que se gasta no essencial com o que se gasta no acessório. Mas mudei de ideias.

Meu caro(a), se te vais casar este ano, em vez dos estafados lombinhos de porco com natas ou do cherne com camarão, poupa-te e usa o teu dinheiro para algo mais útil. Sugiro-te que contribuas para o fundo de assistência para as vítimas de Bam, através da AMI. Eles só necessitam de 100.000 euros, ou seja, apenas 2 euros de cada um dos mais de 50.000 casais casantes este ano.

Se não vais casar, podes também contribuir. Desconta das prendas de casamento que vais dar este ano. Eu também já o fiz.

Wednesday, January 07, 2004

Carta aberta ao presidente da Câmara Municipal de Lisboa

Caro Pedro Santana Lopes,

Os habitantes de Lisboa agradeciam que se escusasse a usar papel timbrado da Câmara de Lisboa para comunicar o futuro das suas prestações televisivas.

Seria também agradável que usasse as instalações da Câmara, não para receber os directores de informação da SIC, mas sim para trabalhar pela cidade.

Conscientes que estão que esta nova autarquia mereceu de si mais empenho que a anterior (onde, dizem muitos, não punha lá os pés, pois era longe para se ir de Lisboa: 200 km), não deixam de estranhar que, estando nos Paços do Concelho, os use para lidar com assuntos que não os estritamente ligados à governação local.

O Merdas

Anonimices

Exmo Sr. procurador-geral da República,

Envio esta carta para o avisar que tenho informações seguras de que vários pedófilos referenciados se preparam para abusar de mais criancinhas, sob a
fachada de uma qualquer conferência internacional. Basta ver a agenda para a verdade nos entrar pelos olhos dentro.

Quero também acrescentar que estou contente por finalmente ter sido contada a verdade. Paulo Pedroso é de facto culpado, os exames médicos coincidem com os depoimentos. Aquela pila não é igual a qualquer outra pila, como ambos sabemos. Qualquer um a identifica imediatamente. Culpado é também todo o executivo, mas os senhores têm sonegado esta e outra informação, apesar de terem pilas também facilmente identificáveis (tirando a Celeste, que certamente também tem pila, mas ainda ninguém a viu).

Como aquele senhor, que já foi da Casa Pia, disse no outro dia na televisão, "somos todos suspeitos". Mas eu até vou mais longe, "somos todos culpados", e mal faz o Sr. Dr. Juiz Rui Teixeira em não nos prender preventivamente a todos. Sim, a si também, porque o puto da minha vizinha quando o viu na televisão, ainda há dias, começou a gritar, "é o Zé Adriano, é o Zé Adriano, o que nos vai à peida todo o ano". Tenho as crianças como anjos, e anjos não mentem. Se ela o disse, o Exmo Sr. Dr. sabe que agora também é meu suspeito. Não se admire de, na semana que vem, ser capa do Tal&Qual!

Já agora, não vi, nem sei de nada, mas gostava que prendessem, por esta ordem: o Durão Barroso, o Pedro Santana Lopes, o Dr. Ferro Rodrigues (já esteve quase, mas depois acobardaram-se) e o Cardeal Patriarca de Lisboa.



Sempre à sua disposição,
O seu anónimo


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Junte-se ao processo,

José Adriano Machado Souto de Moura
(assinatura ilegível)