Friday, November 14, 2003

O Jardim da Celeste

Celeste Cardona é que percebe disto: Não, não e não! Porque não! Salas de chuto não!

E também porque "68 por cento dos reclusos admitem que já tomavam drogas antes de ser presos e que, destes, entre 20 a 30 por cento reconhecem que diminuíram o consumo depois de estarem presos, nomeadamente por via injectável." Ora, o que Celeste não compreende do seu jardim, é que 70 a 80 por cento dos 68 por cento, acrescentados de outros tantos por cento que começam a consumir na cadeia, dá muitos por cento de reclusos, aliás, dá bem mais de metade! E que metade é muita gente, gente que merece ser melhor tratada.

O mínimo de tempo de reflexão, que eu esperaria de uma ministra da Justiça, perante uma proposta para resolver o grave problema da propagação de doenças infecciosas nos estabelecimentos prisionais, é de exactamente 110 minutos. Um segundo por cada um dos presos, cuja vida à morte entregou.

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