Thursday, October 02, 2003

Do push para o pop

Gostava apenas de esclarecer aos potenciais leitores o porquê deste blog. Dei-me ao trabalho de montar este blog por motivos muito simples, e nada devido aos narcisismos que por aí andam. Durante algum tempo mandei, a um grupo selecto, notícias com que deparava durante as minhas navegações diárias pela internet. Estes mails, muitos acompanhados de comentários, eram como "moscardos, que espicaçam o sono fácil das ideias feitas" (porra, que o Sócrates era um gajo inteligente!)
Após uns anos, fartei-me de (1) quase nunca receber respostas ou comentários; (2) haver pessoas que me confessaram que apagavam as notícias sem as ler e (3) ainda haver outros que reclamavam por receberem a merda dos mails, porque, e cito, "não gosto de receber mails para manadas". Foda-se! Como se os mails que mandei fossem para a carneirada! São é uma cambada de bois ingratos... Se soubessem o trabalho (e já agora, porque não, e porque fica bonito dizê-lo, o amor) que eu colocava em cada um desses emails: a leitura dos jornais, os copy&pastes, a selecção dos destinatários.... Puta que os pariu!

Mas não sendo de rancores, e considerando-me eu próprio como um tipo com uma veia "experimentalista", decidi, contra a corrente, regredir: passei do push para o pop!
O push, que como sabem os gajos mais ligados à tecnologia, é o empurrar das notícias pela goela abaixo do destinatários, enquanto o pop obriga os interessados a virem aqui chupá-las. Há anos que se anunciava o push como o futuro, pois vejam; é mentira, e não sou o único quem o diz: Push Technology: Still Relevant After All These Years?

Farto de mandar mails para as paredes pensando que tinha destinatários do outro lado, decidi assumir. Agora, mando mails às paredes conscientemente, e se alguém os quiser cá vir buscar tanto melhor, quem não quiser... que se foda; fique ignorante; a mim tanto me faz!

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